• Um terço dos alimentos consumidos no Brasil é contaminado por agrotóxicos ~

                  A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) divulgou que um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos. Utilizados para espantar pestes e fungos, esres pesticidas podem causar sérios danos à saúde dos consumidores.

    Para se ter uma ideia, a quantidade de agrotóxico utilizada em alguns alimentos é tão preocupante, que o consumo do morango chega ser proibido para grávidas durante os três primeiros meses de gestação, por conter substâncias químicas em dose mais alta do que o feto conseguiria suportar, explica a nutricionista da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro Gisela Peres.

    “Após esse período, a recomendação é que seja feita uma completa esterilização dos frutos, já sem as folhas. As verduras, frutas e legumes de vegetação rasteira são mais propensos à contaminação por microorganismos, mas não são os únicos. O tomate e o pimentão, por exemplo, apesar de não serem cultivados próximos ao solo, recebem grande quantidade de fertilizante, devido à alta incidência de fungos. Recomenda-se, sempre que for possível, retirar a pele do tomate em água fervente, mesmo depois de esterilizado”, conta a especialista.

    Como fazer a higienização necessária para se livrar dos malefícios de agrotóxicos? Gisela explica: “Basta misturar uma colher de sopa de água sanitária para cada dois litros de água filtrada e fazer a imersão total do alimento, deixando-o assim por uma hora. Depois, é só consumir normalmente, de preferência, aproveitando talos e folhas, que são altamente nutritivos”.

    “Basta misturar uma colher de sopa de água sanitária para cada dois litros de água filtrada e fazer a imersão total do alimento, deixando-o assim por uma hora. Depois, é só consumir normalmente, de preferência, aproveitando talos e folhas, que são altamente nutritivos”.

    Dicas para limitar o consumo de agrotóxicos no dia a dia

    – Ao escolher os alimentos, dê preferência pelos de menor porte. Quanto maior o tamanho, maior a quantidade de agrotóxicos utilizada

    – As verduras com um buraquinho de lagarta, que geralmente descartamos, mostram que o vegetal contém menos substâncias químicas.

    – Compre alimentos que estejam na safra. Os produzidos fora da época recebem tratamento artificial extra.

    – Separe os alimentos por espécie, em sacolas plásticas limpas. O ideal é trocar as que vieram do supermercado por novas e deixá-las amarradas, dentro da geladeira, por até duas horas. Essa técnica faz com que a substância se agrupe na superfície do produto e saia mais fácil na hora de lavar.

    – Lave o alimento em água corrente, de preferência com o auxílio de uma escova.

    – Evite chás e doces feitos a partir da casca de frutas, que é a parte que mais recebe os agrotóxicos. Se o consumo se fizer necessário, certifique-se de que as cascas passaram por um processo seguro de higienização, com auxílio de escova e detergente neutro.

    – Frutas cortadas em rodelas para complementar bebidas, como o limão, por exemplo, também devem ser limpas com escova e detergente neutro.

    Tradicionais x Hidropônicos

    Existe a crença de que alimentos cultivados em água trariam menos malefícios à saúde do que os cultivados em plantações. Esta, porém, é uma ideia equivocada, segundo Gisela, que diz: “mesmo distantes de agentes contaminadores comuns ao solo, como roedores e fungos, os alimentos desenvolvidos dentro d’água estão mais propensos à contaminação, já que ficam imersos no líquido modificado. Na agricultura tradicional, só uma parte do alimento entra em contato com o auxílio artificial”.

    Fonte,SRZD.