• Alimentos só devem ser recongelados se passarem do estado cru para o cozido ~

    Preparar uma quantidade maior de alimentos para serem congelados e consumidos aos poucos facilita a vida de muita gente que não tem tempo para cozinhar todos os dias.

    Para congelar e descongelar os produtos, porém, não basta colocá-los no congelador ou no freezer. É preciso prestar atenção em alguns procedimentos para evitar contaminações por bactérias.

    Congelamento (Foto: Arte/G1)

    Procure não recongelar nenhum tipo de alimento, para não perder o sabor e as qualidades nutricionais. O produto só poderá ser recongelado se mudar de estado, ou seja, deixar de ser cru e for cozido.

    No congelamento, as características da comida crua ou cozida não são alteradas, desde que ela seja armazenada da forma correta.

    Fatores a observar

    – Forma e tempo de congelamento
    – Quantidade armazenada
    – Tipo de embalagem
    – Etiquetagem do produto (nome, validade e data de congelamento)

    Dicas de congelamento

    – Congele tudo absolutamente frio
    – Dê prioridade aos alimentos que estragam mais rápido
    – Embrulhe bem os alimentos para não desidratarem e retire o máximo de ar dos pacotes
    – Prepare tudo com menos tempero, pois alguns condimentos ficam mais acentuados ou alteram o paladar do prato congelado. Exemplos: manjericão, noz-moscada, sal, alho, cebola, páprica, aipo, azeitonas, mostarda e baunilha
    – Não exceda o tempo no fogo antes do congelamento, já que a comida será aquecida novamente após descongelada
    – Fracione os alimentos nas quantidades a serem consumidas
    – Feijões e afins devem ser cobertos com água ou caldo de cozimento (sem chegar à borda), para deixar espaço para a dilatação
    – Folhas como espinafre, almeirão e couve devem ser congeladas após refogadas


    Processo de branqueamento

    Serve para conservar as características originais dos alimentos.

    Lave o legume e retire as partes que não estiverem boas. Em seguida, coloque água em uma panela grande sem tampa e, quando estiver borbulhando, mergulhe a verdura por 15 a 35 segundos, dependendo do tipo.

    Logo após o processo, mergulhe o alimento na água gelada, pelo mesmo tempo. São 15 segundos para: abóbora, abobrinha, alcachofra, berinjela, beterraba, vagem, cenoura e pimentão. E 35 segundos para: aipo, cenoura, couve-flor, ervilha, salsão e brócolis.
    Saiba mais como fazer o processo de branqueamento no vídeo abaixo:

    Prazo de validade dos alimentos no congelador/freezer:

    – Carne bovina sem gordura: 9 a 12 meses
    – Carne bovina com gordura: 2 meses
    – Frango: 12 meses
    – Lula, camarão, lagosta, marisco, mexilhão e filé de peixe em posta: 3 meses
    – Carne de porco fresca: 6 meses
    – Linguiça e salsicha: 2 meses
    – Bacon: 2 meses
    – Presunto e tender: 4 meses
    – Hambúrguer: 3 meses
    – Aves: 3 meses
    – Frutas: 8 a 12 meses
    – Vegetais: 8 a 12 meses

    Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), os fabricantes garantem a qualidade dos produtos até a data de validade impressa na embalagem, independentemente do congelamento.

    Carnes

    A carne moída, quando congelada, forma cristais de gelo por dentro. Essa água pode prejudicar a qualidade do alimento, que perde o pigmento vermelho e propicia a formação de bactérias.

    Segundo a chefe de cozinha Eliane Carvalho, deixe a carne moída em formatos finos antes de congelá-la. Pegue uma porção e amasse como se fosse um bife. A técnica facilita o descongelamento e ainda ocupa menos espaço.

    Não tempere carnes cruas, pois o tempero altera a cor, o sabor e a textura. As carnes devem ser limpas e as partes não comestíveis, como a gordura excedente, retiradas.

    Nunca dobre as carnes. Guarde-as em pequenas porções para evitar a formação de cristais de gelo. Prefira congelar filés separados.

    Carnes assadas podem ser congeladas inteiras ou fatiadas. O molho deve ficar à parte no caso de peças inteiras assadas. Almôndegas podem ser congeladas fritas, com ou sem molho. Bifes à milanesa podem ir para o congelador empanados e serem descongelados direto na fritura ou no forno. Filés à parmegiana podem ser congelados em fôrmas descartáveis de alumínio.

    Massas

    As massas cozidas devem ser congeladas com bastante molho ou passadas na manteiga. Capeletti, ravioli, canelone e macarrão podem ser congelados no mesmo recipiente refratário onde serão servidos. O nhoque não deve ser congelado com o molho.

    No caso de tortas cruas, congele e retire do freezer direto para assar, em forno médio. Tortas salgadas podem ser congeladas no próprio refratário ou na fôrma descartável em que foram assadas. Descongele diretamente no forno.

     

    O que não congelar?

    – Maionese: porque o óleo se separa dos demais ingredientes
    – Gelatina pronta: cristaliza-se
    – Folhas verdes e tomate crus: alteram as propriedades
    – Batata e outros tubérculos (menos mandioca): perdem o sabor e a textura
    – Ovos cozidos ou crus com casca: a gema fica granulada
    – Vegetais que serão usados crus: desidratam e mudam a textura original
    – Manjares e pudins à base de amido de milho: alteram as propriedades
    – Carne salgada ou defumada: altera as propriedades
    – Creme de leite, doces caramelizados, leite fresco, iogurte, picles, pudim de clara ou leite condensado e curau: alteram as propriedades;

    Fonte,G1.