• Ministério da Pesca lança mecanismos para aumentar qualidade de pescados ~

    Rede de laboratórios e programa higiênico-sanitário vão aumentar qualidade dos produtos

                      O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, lançou, na tarde desta terça-feira (8), um programa nacional para controle da sanidade de produtos e processos relacionados a peixes, crustáceos e moluscos, e uma rede de laboratórios para padronizar a garantia de qualidade e aumentar a segurança dos consumidores.

    Crivella explicou que o passo dado hoje é importante para o futuro que o ministério busca de alimentar o país e exportar a produção pesqueira.

    — Hoje estamos atendendo um reclame da classe empresarial do país. […] Nós não vamos poder cumprir nosso destino se não nos calçarmos de ter os nossos processos produtivos sustentáveis, monitorados e qualificados.

                   De acordo com o ministro, os novos mecanismos criados vão garantir qualidade e ajudar no aumento da produção. A rede de laboratórios, por exemplo, vai receber amostras coletadas pelo ministério e estudar a qualidade dos produtos, de forma preventiva, impedindo que possíveis doenças cheguem até a mesa do brasileiro.

    – Infelizmente nós não podemos nos apresentar, como faz o ministro da Agricultura [Mendes Ribeiro], como a grande fazenda do mundo, com toneladas e mais toneladas de carne e a maior produção de soja por habitante. Muitas vezes nos apresentamos acanhados com uma tonelada de pescado por ano. Isso está muito aquém das nossas possibilidades e vamos mudar esse cenário.

    Programa

               Em parceria com o ministério da Agricultura, o PNCMB (Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves) vai monitorar e fiscalizar toda a produção do setor destinada ao consumo humano, como ostras, berbigões, vieiras e mexilhões.

                  Com o PNCMB, o risco de problemas sanitários na atividade produtiva será minimizado, e a cadeia produtiva será beneficiada pela certificação oficial, o que deve permitir a abertura de novos mercados.

                A Renaqua (Rede Nacional de Laboratórios do Ministério da Pesca e Aquicultura), por sua vez, dará suporte aos programas sanitários, padronizando o controle e aumentando, por exemplo, o acesso dos produtos brasileiros no exterior.

             Os laboratórios credenciados vão estudar, por exemplo, as doenças causadas por pescados e outros animais aquáticos. O secretário de Monitoramento e Controle do Ministério da Pesca, Américo Tunes, disse que a rede hoje, com quatro laboratórios, já tem capacidade para atender todo o país e vai modificar a produção brasileira.

                 A rede será formada por instituições públicas de pesquisa, ensino e extensão, órgãos executores de defesa sanitária animal estaduais e laboratórios públicos e privados credenciados.

                O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, lembrou que a pesca e aquicultura são um colchão de riquezas que o Brasil ainda não conhece. Segundo ele, a prioridade é dar qualidade ao produto que chega na mesa da população brasileira, uma determinação da presidente Dilma Rousseff.

    — Vamos com esse programa nacional monitorar toda a produção. É uma tranqüilidade que queremos dar a todos de que estamos cuidando do que produzimos.

    Peixes

              O ministro da Pesca lembrou ainda a importância de aumentar o consumo, na mesma proporção que se espera aumentar a produção de pescados. Até 2030, a expectativa é que a produção atinja 20 milhões de toneladas por ano.

    — Nosso consumo hoje está abaixo do que a OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza como sendo o mínimo. Agora, para que a gente possa consumir mais pescado, temos que incutir esse hábito nas nossas crianças, elas serão os consumidores do futuro. E queremos conscientizar as escolas que esse pescado precisa estar na merenda escolar.

               Para saber porque os pescados não fazem parte da merenda o ministério está fazendo uma pesquisa. A ideia, segundo o ministro, é ver qual fator está atrapalhando essa chegada dos pescados: preço, falta de geladeiras, preparo das merendeiras, entre outras coisas.

    — O pescado é a proteína mais nobre que existe. A cada 100 gramas são 25 gramas de proteína e com ômega 3 e sem gordura. Peixe é gostoso, não engorda e é saudável.

    Fonte,R7.