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Os 7 princípios do HACCP
De acordo com o Codex Alimentarius, para a implementação de um sistema HACCP, devem ser considerados os seguintes princípios:
1. Identificar os perigos e medidas preventivas
Identificar quaisquer perigos que devam ser evitados, eliminados ou reduzidos para níveis aceitáveis;2. Identificar os pontos críticos de controle
Identificar os pontos críticos de controle (PCC) na fase ou fases em que o controle é essencial para evitar ou eliminar um risco ou reduzir para níveis aceitáveis;3. Estabelecer limites críticos para cada medida associada a cada PCC
Estabelecer limites críticos em pontos críticos de controle, que separem a aceitabilidade da não aceitabilidade com vista à prevenção, eliminação ou redução dos riscos identificados;4. Monitorizar/controlar cada PCC
Estabelecer e aplicar processos eficazes de vigilância em pontos críticos de controle;5. Estabelecer medidas corretiva para cada caso de limite em desvio
Estabelecer medidas corretivas quando a vigilância indicar que um ponto crítico não se encontra sob controle;6. Estabelecer procedimentos de verificação
Estabelecer processos, a efetuar regularmente, para verificar que as medidas referidas nos princípios de 1 a 5 funcionam eficazmente;7. Criar sistema de registro para todos os controles efetuados
Elaborar documentos e registar de forma adequada à natureza e dimensão das empresas a fim de se demonstrar a eficaz aplicação das medidas referidas nos princípios 1 a 6. -
Ministério da Pesca lança mecanismos para aumentar qualidade de pescados ~
Rede de laboratórios e programa higiênico-sanitário vão aumentar qualidade dos produtos
O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, lançou, na tarde desta terça-feira (8), um programa nacional para controle da sanidade de produtos e processos relacionados a peixes, crustáceos e moluscos, e uma rede de laboratórios para padronizar a garantia de qualidade e aumentar a segurança dos consumidores.
Crivella explicou que o passo dado hoje é importante para o futuro que o ministério busca de alimentar o país e exportar a produção pesqueira.
— Hoje estamos atendendo um reclame da classe empresarial do país. […] Nós não vamos poder cumprir nosso destino se não nos calçarmos de ter os nossos processos produtivos sustentáveis, monitorados e qualificados.
De acordo com o ministro, os novos mecanismos criados vão garantir qualidade e ajudar no aumento da produção. A rede de laboratórios, por exemplo, vai receber amostras coletadas pelo ministério e estudar a qualidade dos produtos, de forma preventiva, impedindo que possíveis doenças cheguem até a mesa do brasileiro.
– Infelizmente nós não podemos nos apresentar, como faz o ministro da Agricultura [Mendes Ribeiro], como a grande fazenda do mundo, com toneladas e mais toneladas de carne e a maior produção de soja por habitante. Muitas vezes nos apresentamos acanhados com uma tonelada de pescado por ano. Isso está muito aquém das nossas possibilidades e vamos mudar esse cenário.
Programa
Em parceria com o ministério da Agricultura, o PNCMB (Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves) vai monitorar e fiscalizar toda a produção do setor destinada ao consumo humano, como ostras, berbigões, vieiras e mexilhões.
Com o PNCMB, o risco de problemas sanitários na atividade produtiva será minimizado, e a cadeia produtiva será beneficiada pela certificação oficial, o que deve permitir a abertura de novos mercados.
A Renaqua (Rede Nacional de Laboratórios do Ministério da Pesca e Aquicultura), por sua vez, dará suporte aos programas sanitários, padronizando o controle e aumentando, por exemplo, o acesso dos produtos brasileiros no exterior.
Os laboratórios credenciados vão estudar, por exemplo, as doenças causadas por pescados e outros animais aquáticos. O secretário de Monitoramento e Controle do Ministério da Pesca, Américo Tunes, disse que a rede hoje, com quatro laboratórios, já tem capacidade para atender todo o país e vai modificar a produção brasileira.
A rede será formada por instituições públicas de pesquisa, ensino e extensão, órgãos executores de defesa sanitária animal estaduais e laboratórios públicos e privados credenciados.
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, lembrou que a pesca e aquicultura são um colchão de riquezas que o Brasil ainda não conhece. Segundo ele, a prioridade é dar qualidade ao produto que chega na mesa da população brasileira, uma determinação da presidente Dilma Rousseff.
— Vamos com esse programa nacional monitorar toda a produção. É uma tranqüilidade que queremos dar a todos de que estamos cuidando do que produzimos.
Peixes
O ministro da Pesca lembrou ainda a importância de aumentar o consumo, na mesma proporção que se espera aumentar a produção de pescados. Até 2030, a expectativa é que a produção atinja 20 milhões de toneladas por ano.
— Nosso consumo hoje está abaixo do que a OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza como sendo o mínimo. Agora, para que a gente possa consumir mais pescado, temos que incutir esse hábito nas nossas crianças, elas serão os consumidores do futuro. E queremos conscientizar as escolas que esse pescado precisa estar na merenda escolar.
Para saber porque os pescados não fazem parte da merenda o ministério está fazendo uma pesquisa. A ideia, segundo o ministro, é ver qual fator está atrapalhando essa chegada dos pescados: preço, falta de geladeiras, preparo das merendeiras, entre outras coisas.
— O pescado é a proteína mais nobre que existe. A cada 100 gramas são 25 gramas de proteína e com ômega 3 e sem gordura. Peixe é gostoso, não engorda e é saudável.
Fonte,R7.