NEFRUT marca presença no SINFRUIT em Campinas

SINFRUIT – 2011

 

NEFRUT marca presença no SINFRUIT em Campinas

Entre os dias 17 e 21 de outubro, ocorreu no Instituto Agronômico em Campinas (SP), o Simpósio Internacional de Fruticultura, tendo como tema os Avanços na produção de frutas. Alguns membros do Núcleo estiveram participando do evento com a publicação de resumos na área de fruticultura, com as culturas do maracujá e da goiaba (foto abaixo).

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Destacamos a presença de palestrantes de renome na fruticultura nacional e internacional. Os mesmos abordaram a situação atual e os avanços para as frutíferas de clima tropical, subtropical e temperado: banana, manga, abacaxi, goiaba, atemóia, caqui, maça, pêssego, pêra e uva. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com aproximadamente 42 milhões de toneladas produzidas de um total de 340 milhões de toneladas colhidas em todo o mundo, sendo as frutas: laranja, banana, coco, manga, uva, abacaxi, tangerina, limão, maracujá e mamão, as 10 primeiras em superfície plantada no país. O aumento da produção de frutas brasileiras em 19% entre 2001 e 2009, deve-se ao aumento na produtividade e rendimento das culturas, resultado da adoção de manejos adequados e emprego de tecnologias no campo (IBRAF; IBGE). O pesquisador José Luiz Petri (EPAGRI-SC), abordou o caso da maça. Na produção desta frutífera, o país ocupa a sétima colocação em eficiência produtiva, o que ocorre devido à definição de técnicas essenciais para a macieira, como a obtenção de clones mais produtivos e com frutos de melhor coloração, ou o monitoramento do frio para definir a aplicações e doses de indutores de brotação, porém, problemas como a falta de mão de obra qualificada tem feito com que produtores optem pela mecanização das áreas,  resultando no aumento da densidades de plantio e na padronização dos sistemas de condução das plantas.  Além disso, o Dr. Petri, juntamente com outros pesquisadores, como o Dr. Fernando Mendes Pereira (UNESP- JABOTICABAL), os melhoristas Drs. Alberto Carlos de Queiroz Pinto (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA) e Umberto Almeida Camargo (EMBRAPA UVA E VINHO) demonstraram o mesmo entrave quanto à introdução de novas variedades de frutas no mercado. Desafio que ocorre em função da dificuldade da aceitação do produtor rural e do consumidor, segundo os pesquisadores o consumidor de frutas é fiel a “marca” que consome.

Outro tema apontando como importante e de baixa difusão por profissionais da agricultura aos produtores é a questão da produção integrada (PI), que engloba toda a cadeia de produção da fruta. Normas devem ser seguidas para garantir a certificação e a qualidade final do produto, resultando em alto valor agregado para exportação.

Além disso, grande enfoque foi dado à Viticultura, com a ilustre presença do Dr. Vicente Sotés (UNIVERSIDADE POLITÉCNICA DE MADRID-ESPANHA), que abordou a situação atual desta cultura no cenário mundial, apresentando dados que demonstram a descentralização da produção nos países europeus, rumo ao novo mundo, como China, Austrália, Califórnia e Brasil. O Dr. Sotés ressaltou que os avanços para a vitivinicultura se dão atrelados a zonificação de precisão, visando à diferenciação da área de cultivo em tipo de solo, disponibilidade de água e exposição solar e, a partir destas informações é possível definir variedades e tratos culturais necessários para determinadas características edafoclimáticas, dando origem a vinhos diferenciados (foto acima).

Em resumo, a agricultura moderna tende a incorporar tecnologias e ao mesmo tempo manejos de baixo impacto ambiental e socioeconômico, como a produção integrada. A junção destas técnicas é de responsabilidade dos novos profissionais da área, sendo assim é de nosso dever compreender além da tecnologia de produção das frutas, a cadeia produtiva e as exigências do consumidor.

Lidiane Carla V. Miotto.

Eng. Agrônoma- Mestranda Fitotecnia (UFLA).

 

 

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