• Anvisa faz alerta sobre suplementos ~

    Date: 2012.07.14 | Category: Notícias | Response: 31.493

     

    Agência diz que suplementos alimentares com DMAA podem trazer riscos à saúde; saiba o que fazer se estiver usando a substância

    A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) alertou nos últimos dias para o perigo no consumo de alguns suplementos alimentares que contêm a substância DMAA (dimethylamylamine). Segundo a agência, a ingestão dos produtos Jack3D, Oxy Elite Pro, Lipo-6 Black, quem contêm entre outros, pode causar graves danos à saúde das pessoas.

    Segundo a Anvisa, diante de uma determinação como essa, os produtos devem ser retirados imediatamente do mercado e o consumidor deve suspender o uso imediatamente. Ainda segundo a agência, a pessoa que faz uso de medicamentos com essas substâncias têm como reaver o dinheiro gasto com os produtos.

    O órgão informou ainda que a recomendação sobre os suplementos Jack3D, Oxy Elite Pro, Lipo-6 Black, entre outros, foi feita, pois eles “não são seguros para o consumo como alimentos ou contêm substâncias com propriedades terapêuticas, que não podem ser consumidas sem acompanhamento médico”. Por isso, podem causar problemas como “efeitos tóxicos, em especial no fígado, disfunções metabólicas, danos cardiovasculares, alterações do sistema nervoso e, em alguns casos, levar até a morte”.

    Promessas 

    A Anvisa ressalta ainda que esses produtos, em geral, são associados a promessas de emagrecimento rápido, mas o consumidor deve ter cuidado, pois muitos deles  “não estão regularizados junto à agência e são comercializados irregularmente em nosso país”.

    A nutricionista Maria Claudia dos Santos, nutricionista do Hospital e Maternidade São Luiz, diz que “não é difícil surgir no mercado substâncias que prometem o corpo ideal sem esforço. Atualmente temos ouvido falar de dois desses produtos, o Lipo 6 Black e Jack 3D. O primeiro é um termogênico, que promete manter sua massa muscular enquanto queima a gordura. O segundo é um suplemento pré-treino que promete aumentar sua intensidade”, explica a especialista.

    Efeitos colaterais 

    Ainda de acordo com Maria Claudia, os efeitos são diversos sendo desde náuseas, vômitos até aumento da pressão arterial, AVC (Acidente Vascular Cerebral), dilatação dos vasos, euforia, aumento da frequência cardíaca, dependência, alucinações, entre muitos outros. “Algumas dessas substâncias são hormônios que podem afetar ao funcionamento da tireoide, outras são substâncias encontradas em alguns medicamentos antidepressivos de tarja preta”, alerta a nutricionista.

    Portanto, para quem estiver fazendo o uso de algumas dessas substâncias, deve procurar um especialista. Além disso, “Sempre que a pessoa, atleta ou não, for iniciar com qualquer tipo de suplementação deve procurar um especialista, médico ou nutricionista, para saber os riscos e a real necessidade desse tipo suplementação, pois o consumo inadequado dos produtos causam danos à saúde”, aconselha Maria Claudia.

    Suplementos alimentares X emagrecedores 

    Os produtos sobre os quais a Anvisa fez advertências são suplementos alimentares. Apesar de terem o emagrecimento entre suas promessas, não são chamados emagrecedores. Segundo a nutricionista, “os suplementos servem para compor uma dieta planejada e podem fazer parte da alimentação, desde que orientados corretamente”, diz. “Já os emagrecedores podem incluir termogênicos ‘pois aceleram o metabolismo’, entre outros. Ambos deve devem ser indicados por especialistas”, conclui.

    Veja dicas da Anvisa para identificar suplementos que não estao regularizados no Brasil:

    – Promessas milagrosas e de ação rápida, como “Perca 5 kg em 1 semana!”;
    – Indicações de propriedades ou benefícios cosméticos, como redução de rugas, de celulite, melhora da pele etc.
    – Indicações terapêuticas ou medicamentosas, como cura de doenças, tratamento de diabetes, artrites, emagrecimento, etc.
    – Uso de imagens e ou expressões que façam referência a hormônios e outras substâncias farmacológicas;
    – Produtos rotulados exclusivamente em língua estrangeira;
    – Uso de fotos de pessoas hiper-musculosas ou que façam alusão à perda de peso;
    – Uso de panfletos e folderes para divulgar as alegações do produto como estratégia para burlar a fiscalização;
    – Comercializados em sites sem identificação da empresa fabricante, distribuidora, endereço, CNPJ ou serviço de atendimento ao consumidor.

    Se você usa ou tem intenção de usar “suplementos alimentares”, a Anvisa recomenda:

    – Solicite auxílio de seu nutricionista ou médico para a identificação de produtos seguros e regularizados junto à Anvisa;
    – Desconfie se o produto for “bom demais para ser verdade”! Ter um corpo definido e emagrecer nem sempre é rápido ou fácil, principalmente de forma saudável;
    – Consumidores que adquiriram produtos que contém DMAA na composição devem buscar orientação junto à autoridade sanitária local sobre a destinação adequada dos mesmos;
    – Mais informações podem ser obtidas junto à Central de Atendimento da Anvisa: 0800 642 9782.

    Fonte, Band.

  • Consumo moderado de álcool diminui risco de artrite reumatoide em mulheres ~

    Date: 2012.07.11 | Category: Notícias | Response: 2

    Segundo estudo feito com mais de 30.000 pessoas, três doses de bebida por semana reduz pela metade as chances da doença

    Vinho: três taças da bebida por semana pode reduzir pela metade risco de artrite reumatoide em mulheres (George Doyle/Thinkstock)

    O consumo moderado de álcool, que já foi associado a diversos benefícios à saúde, entre eles redução do risco de doenças cardiovasculares, Alzheimer e câncer de mama, pode proteger contra a artrite reumatoide. É o que indicou um novo estudo publicado nesta terça-feira no periódico British Medical Journal (BMJ). De acordo com a pesquisa, mulheres que ingerem três doses ou mais de bebida alcoólica por semana (três copos de chopp ou três taças de vinho, por exemplo) ao longo de pelo menos dez anos reduzem pela metade as chances de apresentar a doença em comparação com as abstêmias.

    Saiba mais

    ÁLCOOL E SAÚDE

    A relação entre consumo de álcool e doenças cardiovasculares em seres humanos pode ser representada por uma ‘curva em J’, segundo análise estatística: quem bebe pequenas quantidades de álcool por dia (duas doses para homens e uma para mulheres) costuma ter riscos menores de ter um infarto do coração ou um derrame cerebral do que abstêmios; mas quem bebe muito aumenta as chances de ter esses problemas. O ‘J’ representa essa curva graficamente. A perna menor da letra representa o risco dos abstêmios. Sua queda na curva da letra representa o risco dos bebedores moderados, e sua ascensão acentuada na perna grande da letra o risco dos que bebem muito.

    A artrite reumatoide é uma doença do sistema imunológico caracterizada pela inflamação crônica das articulações, provocando dores e podendo levar a deformações das articulações. Suas causas ainda são desconhecidas e pouco se sabe sobre como reduzir os riscos do problema.

    Especialista tira dúvidas sobre benefícios da cerveja e vinho

    Para entender mais sobre o problema, uma equipe de pesquisadores do Instituto Karolisnka, na Suécia acompanhou mais de 34.000 mulheres de 55 a 89 anos ao longo de um ano. As participantes forneceram informações sobre prática atividade física, consumo de álcool, tabagismo e hábitos alimentares. Até o final da pesquisa, 400 voluntárias foram diagnosticadas com artrite reumatoide. De acordo com os pesquisadores, os benefícios do consumo moderado de bebida alcoólica foram observados tanto em relação à ingestão de vinho e cerveja quanto de bebidas destiladas.

    Os autores não sabem dizer se é o álcool que provoca diretamente a redução dessas chances, mas eles acreditam que a bebida possa fazer com que o sistema imunológico produza menos proteínas envolvidas no processo inflamatório. No entanto, os pesquisadores ressaltam que o álcool pode ter efeitos negativos entre pessoas que já apresentam a doença e que, em excesso, prejudica a saúde de todos os indivíduos.

    Osteoporose — Um estudo menor divulgado nesta quarta-feira no periódico Menopause concluiu que o consumo de bebida alcoólica em moderação é benéfico à saúde óssea da mulher e reduz o risco de osteoporose após a menopausa. De acordo com o trabalho, feito na Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos, esse efeito foi obtido pelas 40 participantes da pesquisa com a ingestão diária de duas doses de álcool.

    Não é para você

    Apesar de a bebida alcoólica, com moderação, proporcionar benefícios para a saúde, ela não é indicada para todos. Existem pessoas que não devem ingerir quantidade alguma de álcool, já que os prejuízos são muito maiores do que as vantagens. Sinal vermelho para quem tem os seguintes problemas:

    Doença hepática alcoólica: é a inflamação no fígado causada pelo uso crônico do álcool. Principal metabolizador do álcool no organismo, o fígado é lesionado com a ingestão de bebidas alcoólicas.

    Cirrose hepática: o álcool destrói as células do fígado e é o responsável por causar cirrose, quadro de destruição avançada do órgão. Pessoas com esse problema já têm o fígado prejudicado e a ingestão só induziria a piora dele.

    Triglicérides aumentado: o triglicérides é uma gordura tão prejudicial quanto o colesterol, já que forma placas que entopem as artérias, podendo causar infarto e derrame cerebral. O álcool aumenta essa taxa. Portanto, quem já tiver a condição deve manter-se longe das bebidas alcoólicas.

    Pancreatite: a doença é um processo inflamatório do pâncreas, que é o órgão responsável por produzir insulina e também enzimas necessárias para a digestão. O consumo exagerado de álcool é uma das causas dessa doença, e sua ingestão pode provocar muita dor, danificar o processo de digestão e os níveis de insulina, principal problema do diabetes.

    Úlcera: é uma ferida no estômago. Portanto, qualquer irritante gástrico, como o álcool, irá piorar o problema e aumentar a dor.

    Insuficiência cardíaca: por ser tóxico, o álcool piora a atividade do músculo cardíaco. Quem já sofre desse problema deve evitar bebidas alcoólicas para que a atividade de circulação do sangue não piore.

    Arritmia cardíaca: de modo geral, ele afeta o ritmo dos batimentos cardíacos. A bebida alcoólica induz e piora a arritmia.

    Redobre a atenção

    Há também aqueles que devem ter muito cuidado ao beber, mesmo que pouco.Tudo depende do grau da doença, do tipo de remédio e do organismo de cada um.

    Problemas psiquiátricos: o álcool muda o comportamento das pessoas e pode alterar o efeito da medicação. É arriscada, portanto, a ingestão de bebida alcoólica por aqueles que já têm esse tipo de problema.

    Gastrite: é uma fase anterior à úlcera e quem sofre desse problema deve tomar cuidado com a quantidade de bebida alcoólica ingerida. Como pode ser curada e controlada, é permitido o consumo álcool moderado, mas sempre com autorização de um médico.

    Diabetes: Todos os diabéticos devem ficar atentos ao consumo de álcool. A quantidade permitida dessa ingestão depende do grau do problema, dos remédios e do organismo da pessoa. Recomenda-se, se for beber, optar por fazê-lo antes ou durante as refeições para evitar a hipoglicemia.

  • Brasil é tricampeão mundial no consumo de agrotóxicos ~

    Date: 2012.07.09 | Category: Notícias | Response: 27.178

    Rio –  O brasileiro vive um dilema na hora de se alimentar: se correr para o fast food, a obesidade pega, já que quase a metade da população do País está acima do peso. Se ficar na salada, o agrotóxico come: o Brasil é tricampeão mundial quando o assunto é a quantidade de produtos usados para matar pragas, conservar e aumentar o tamanho de vegetais.

    Foto: Arte: O Dia

    Arte: O Dia

    A quantidade é tão grande que um estudo divulgado na Cúpula dos Povos, durante a Rio+20, indica que consumimos, em média, cinco quilos de agrotóxicos por ano. O levantamento foi feito pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), baseado em informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    Ao todo, na safra 2010/2011, o Brasil comercializou mais de um bilhão de litros de agrotóxicos, sem contar os vendidos ilegalmente. Acredita-se que em regiões agrícolas do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e do Paraná, a prática seja comum.

    As consequências são sérias. Segundo a professora do departamento de Nutrição Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Fátima Sueli Neto Ribeiro, da produção até o consumo, passando por substâncias aplicados para os vegetais resistirem ao transporte, verduras, grãos legumes e frutas brasileiras recebem cinco ou seis produtos.

    Entre os malefícios facilitados pelos químicos borrifados na lavoura, está até a obesidade. “Em regiões do Mato Grosso, produtos são aplicados por aviões e podem parar em lençóis freáticos. Há casos de grávidas com agrotóxico no leite e também indícios de câncer. O curioso é que as pessoas comem verdura para evitar a obesidade, mas as interferências de alguns produtos nos hormônios podem facilitá-la”, explica a professora.

    Só 35% de amostras nos limites

    Para tentar reduzir o problema, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou na semana passada coletas fiscais de amostras de alimentos em estabelecimentos e produtores para flagrar alimentos com níveis de agrotóxicos acima dos permitidos pela legislação. As penalidades variam de notificação a multas de até R$ 1,5 milhão. No fim do ano passado, a agência formulou a lista que compõe o ranking da ilustração acima, com amostras de todos os estados, fora São Paulo.Em 35% delas, o teor de agrotóxicos respeitava os limites sanitários, e 37% não apresentavam resíduos de venenos agrícolas.

    Enquanto a fiscalização não melhora em toda a cadeia produtiva, uma das medidas que podem ser tomadas pelo consumidor para evitar os agrotóxicos e continuar se alimentando de forma saudável é consumir mais alimentos orgânicos. “Há mitos de que as feiras orgânicas são mais caras e que os alimentos não são tão bonitos. O que acontece é que os produtores respeitam a safra: assim alimentos que estão nela ficam até mais baratos do que os dos grandes mercados”, afirma.

    Lavar e tirar a casca ajuda a reduzir os conservantes usados após a colheita, mas outra medida positiva é procurar e perguntar por alimentos orgânicos nas redes de supermercado. “Isso ajudaria a pressionar os mercados que ainda não investem em orgânicos a se movimentarem”, diz Fátima.

    É bom lembrar que comer frutas, verduras, grãos e legumes continua sendo essencial para a saúde, apesar dos problemas trazidos pelos venenos agrícolas. A questão é saber como obtê-las e conservá-las de forma ainda mais saudável.

    Fonte, O Dia.

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