A porcentagem de área coberta pelos 9 fragmentos estudados
foi de 23,13% ,
o que indicou a ocorrência (densidade) de 0,76 fragmentos a cada 100 ha. O
tamanho médio destes foi de 30,62 ha, embora 66,67% dos fragmentos tenham menos
que 5 ha, fato este retratado pelo desvio padrão (±
67,83 ha) e o coeficiente de variação (± 221,54%),
os quais expressam que existe uma grande dispersão dos valores observados
(área dos fragmentos) em relação a média de 30,62 ha.
Pôde-se constatar para um efeito borda de 50 metros que o
processo de fragmentação implicará numa redução de 9 para 7 fragmentos.
Este fato está associado ao baixo índice de circularidade de alguns
fragmentos, o que demonstra que sua forma é muito alongada e vezes em espinha
de peixe. Assim, principalmente para os fragmentos 2,4,5,6 e 9 é imperiosa uma
ação para melhorar sua forma, já que a fazenda que hoje tem o mínimo exigido
por lei com vegetação nativa, corre o risco de não o ter no médio prazo, com
a continuidade do processo de fragmentação que hoje é constatado nas reservas
nativas.
Pode-se ainda, considerar que a razão ,
indica que 57,76% da área dos fragmentos estão mais protegidas do efeito
borda, enquanto que 42,24% ou 116,34 ha (275,40 – 159,06) estão sujeitos a
maiores pressões dos fatores abióticos e bióticos. Isto indica a necessidade
de efetuar proteção com quebra ventos nos fragmentos menores, e implementar
práticas para torná-los maiores e mais circulares. A interligação dos
fragmentos menores aos maiores, para estimular um maior fluxo de dispersores da
flora, é também uma necessidade imperiosa, para que haja uma oxigenação
destes, quanto a sua diversidade biológica.
Esta proposição de interligação dos fragmentos
principalmente através de corredores ecológicos é viável operacionalmente
já que a distância média do fragmento a seu vizinho mais próximo é de
234,59 metros.
Estes índices por si só retratam a necessidade de uma
abordagem da paisagem em que cada fragmento seja observado caso a caso, para que
o manejo da propriedade seja apropriado.
Assim, duas foram as opções de manejo da paisagem
propostas:
1o) Consistiu em aumentar o tamanho dos fragmentos
de modo a reduzir o efeito borda e propiciar a existência de habitat para a
fauna. Principalmente no caso de mamíferos, onde a área do fragmento deve ser
grande para a sua sobrevivência e manutenção.
2o) Utilizar faixas para interligar os fragmentos.
Estas inicialmente devem ter pelo menos 25 metros de largura e distância
máxima de 500 metros. Os objetivos desta prática serão a proteção dos
talhões de eucalipto contra ataque de insetos, servir como barreira para
doenças e também como proteção dos eucaliptais contra incêndios. Além de
haver uma maior proteção à flora nativa.
Uma síntese dos manejos ao nível dos fragmentos e da
passagem é apresentada na Tabela 1.2
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